Final Fantasy II foi lançado no Japão em 17 de dezembro de 1988 para o Famicom (conhecido como NES ou Nintendo 8-bits no ocidente) porém só foi lançado oficialmente em inglês em 2003 para o Playstation, dentro da compilação Final Fantasy Origins.
O time envolvido na produção foi basicamente o mesmo do primeiro jogo, que incluía nomes como:
- Hironobu Sakaguchi: Diretor do jogo e criador da série Final Fantasy;
- Kenji Terada: Escritor do enredo e diálogos do jogo;
- Nobuo Uematsu: Compositor da trilha sonora do jogo;
- Yoshitaka Amano: Designer de personagens e ilustrador;
- Kazuko Shibuya: Designer de gráficos e arte-finalista;
- Akitoshi Kawazu: Designer de sistemas e programador;
- Koichi Ishii: Programador e designer de batalha.
O segundo jogo da série foi um grande avanço pois melhorou a caracterização dos personagens, dando falas exclusivas e personalidades para cada um deles além de um roteiro mais complexo com um sistema de diálogos intrigante, baseado em palavras-chave. Ao descobrir e utilizar estas palavras-chave em conversas com determinados npcs, novas opções de diálogo se abrem permitindo avançar na história ou mesmo descobrir alguns segredos.
Ao longo dos anos, o jogo foi relançado algumas vezes. As versões mais notáveis foram a Dawn of Souls do Gameboy Advanced (2004) e a Anniversary Edition do Playstation Portable (2007), que trouxeram melhorias significativas em termos de conteúdo e gráficos em relação ao jogo original.
O lançamento ocidental do Final Fantasy II de NES foi cogitado e um cartucho protótipo traduzido para o inglês foi feito em 1991, no entanto, o projeto foi cancelado em prol do lançamento de Final Fantasy IV, que chegou no mesmo ano no Japão para o Super Famicon (Super Nintendo aqui no ocidente). Assim sendo, Final Fantasy IV foi lançado no ocidente como Final Fantasy II – para o SNES. No fim, tanto Final Fantasy II como o Final Fantasy III de NES não foram lançados no ocidente.
Em 2021, a Square Enix lançou a coletânea Final Fantasy Pixel Remaster, que contém uma versão remasterizada do segundo jogo com sprites redesenhados por Kazuko Shibuya, a artista responsável pelos sprites do jogo original. Embora não tenha as melhorias das versões posteriores, é uma boa opção para jogadores que desejam uma experiência mais próxima do Final Fantasy II original.
Final Fantasy II se firmou com uma história bem mais trabalhada, personagens marcantes e também por ter sido o primeiro a implantar elementos que depois nós veríamos em todos os Final Fantasy posteriores, como os Chocobos e um personagem de nome Cid.
FINAL FANTASY II também inovou pelo fato de não utilizar sistema de level tradicional. O jogo introduziu um novo sistema de progressão de personagens, onde as habilidades são melhoradas através do uso constante, e não apenas através do ganho de experiência em batalhas. O jogo foi bem recebido pela crítica na época de seu lançamento, mas algumas de suas mecânicas foram consideradas controversas e pouco intuitivas. Um sistema semelhante a esse foi adotado na série de RPG chamada SaGa, também da Squaresoft e que tem como diretor Akitoshi Kawazu, que foi o designer do sistema de evolução em Final Fantasy II.
Ficha Técnica
Lançamento | Plataformas | Metacritic |
17 de Dezembro, 1988 08 de Abril, 2003 | Nintendo NES; WonderSwan Color; Sony Playstation; Gameboy Advanced; Playstation Portable; Android e iOS PC / Steam |
Resumo da História
“Em um mundo além do horizonte,
o último pedaço de paz estava para terminar
O império de Palamecia começou a consquistar o mundo,
invocando demonios.
Quatro jovens de Fynn perderam suas famílias…
E tentam escapar da perseguição dos inimigos…”
A história de Final Fantasy II começa quando quatro jovens, Firion, Maria, Guy e Leon, são atacados por soldados do Império Palameciano em sua cidade natal. Durante o ataque, Leon é separado dos outros três e dado como morto. Firion, Maria e Guy são resgatados por forças pertencentes à Rebelião Wild Rose liderada pela Princesa Hilda e são levados até Altair para se recuperar. Apesar de pedirem para se juntar à resistência, Hilda recusa devido à inexperiência e pouca idade deles.
Apesar disso, Firion, Guy e Maria retornam a Fynn e encontram o Príncipe Scott em seu leito de morte. Ele fala ao grupo sobre a traição do Conde Borghen e pede que eles encorajem seu irmão Gordon, que tem medo de se juntar aos rebeldes. Scott pede que não falem a Hilda sobre seus sentimentos por ela e pouco antes de morrer entrega-lhes um anel para levarem de volta. Trazer de volta o anel de Scott convence Hilda de que o grupo de Firion é forte o suficiente para juntar-se à luta e assim os jovens heróis começam a sua jornada contra o Império.