Como foi a gamescom latam, primeira edição do evento da América Latina

Se você acompanha as notícias do mundo dos jogos, com certeza já ouviu falar da gamescom – a maior feira de jogos do mundo. Quando foi anunciado no ano passado que o evento estaria recebendo uma edição no Brasil – chamada gamescom latam, todos foram a loucura. Mas e aí, o evento atingiu as expectativas?

Antes de dar um parecer, é preciso trazer um pouco mais de contexto sobre o evento. A gamescom latam surge de uma parceria entre a gamescom e o Big Festival, o maior festival de games independentes da América Latina. O Big sempre teve um grande foco nos desenvolvedores de jogos, trazendo palestras e oportunidades de negócios voltadas para os desenvolvedores indies, além de uma premiação para os melhores jogos da categoria. Este perfil é bem alinhado com a gamescom que ocorre lá fora, então foi praticamente um casamento perfeito.

Dito isso, fica mais fácil entender porque a gamescom latam parece tanto uma versão turbinada do Big Festival, e é mesmo. Se você está indo ao evento com a intenção de JOGAR, este é o evento certo. Praticamente para todos os lugares que você ia, encontrava estações de jogos para testar e se divertir. Para se ter uma ideia, mais de 100 jogos indies estavam entre os finalistas deste ano e você tinha estações para jogar todos eles na enorme área dedicada ao BIG Festival – que agora ocorre dentro da Gamescom. Somando Indies, jogos de grande desenvolvedoras e arcades, no total eram mais de 250 jogos para experimentar.

Além da enorme seção do Big Festival havia uma outra chamada Panorama, com jogos de todas as partes do mundo onde era possível inclusive testar o nosso querido FINAL FANTASY VII REBIRTH na seção da Square Enix, além de outros carros chefe como Metaphor: ReFantasio e Shin Megami Tensei V Vegeance na seção da ATLUS / Sega.

Metaphor com certeza foi um dos jogos mais disputados do evento, sempre com filas para testar e trazia uma demo com 3 seções diferentes do jogo para escolher: uma que representava uma parte mais do começo do jogo, outra focada na exploração de um dungeon e um terceiro que era uma batalha contra um chefe. O jogo parece bem interessante e estava com os textos completamente em PTBR e deve disputar com FINAL FANTASY VII Rebirth pelo título de melhor JRPG do ano.

A presença da Square Enix no evento deste ano foi um pouco tímida, com alguns Playstation 5 rodando a versão demo de FFVII Rebirth, que permitia jogar o prólogo em Nilbelheim e uma parte da exploração em Junon. Não havia um stand em si, qualquer tipo de brinde ou figuras importantes da empresa no evento. Na BIG Festival no ano passado tivemos a presença de Takashi Tokita, então havia esperança de neste ano termos alguém por aqui, mas infelizmente não rolou.

Por outro lado quem não decepcionou foram os cosplayers de Final Fantasy. Assim como vem ocorrendo nos outros eventos, encontramos diversos cosplayers incríveis no evento, de vários jogos da série.

Quem estava em alta neste evento eram o casal Zack e Aerith, era fácil de trombar com cosplayers desta dupla andando juntos. Tifa também manteve sua popularidade entre os cosplayers, assim como o jovem príncipe Noctis. Abaixo vamos deixar uma galeria com fotos de cosplayers que cruzamos no evento:

Voltando a falar sobre o evento em si, a Nintendo manteve seu posto como um dos maiores e mais visitados stands, sempre com filas enormes e diversos jogos para serem testados. Também era o stand mais família, onde você via pais e filhos jogando juntos, os “mascotes” Mario e Luigi para bater fotos, distribuição de brindes… Enfim, presença marcante como nos últimos eventos.

Outra grande surpresa foi o stand da nossa lendária Tectoy, apresentando o seu novo computador portátil, Zeenix. O stand permitia jogar no aparelho, além de dar uma prévia de futuros acessórios e atiçou a curiosidade de muita gente se apresentando como um rival para o Steam Deck.

O aparelho é surpreendentemente bom, agora ficamos no aguardo do PREÇO para saber se é uma opção viável para os fãs de FINAL FANTASY tornarem este sua plataforma portátil base para jogar os títulos da série.

Encaminhado para a conclusão, vale citar que algumas outras publishers grandes também tinham stands como a Epic Games, Ubisoft e a Warner, porém o evento ainda fica devendo um pouco neste quesito. Havia também um Artist’s Alley mas era tão pequeno que você podia acabar nem sabendo da sua existência.

Já a área de Arcades era até que bem recheada de jogos, indo desde os famigerados jogos de luta para trocar sopapos com os amigos e as relíquias máquinas de pinball até as máquinas de dança. O que não faltou também foi uma enorme arena dedicada aos e-sports e também stands de grandes marcas de PC Gaming.

Enfim, acredito que como uma primeira edição a gamescom latam foi um bom evento e manteve muito do seu DNA com o Big Festival. Fica a esperança de que no próximo ano voltemos a ter mais presenças internacionais marcantes e a presença mais sólida de grandes publishers, assim como é a gamescom da Alemanha.

Falando na próxima edição, já foi confirmada a edição de 2025 da gamescom latam e ela será ainda maior, indo para um novo local: o Anhembi de 30 de abril a 4 de maio.