Artigos · 7 de abril de 2019

Artigo: Entenda a nova organização da Square Enix japonesa

Recentemente a Square Enix do Japão passou por uma grande reformulação em sua estrutura interna, abandonando o esquema com 11 Business Divisions e passando a ter apenas 4 divisões, algo próximo a como era a empresa no começo da geração passada. Não houveram demissões mas sim a fusão de diversas divisões.

A motivação para a restruturação foi que no ano passado, o terceiro quarter da empresa foi bem fraco, então a Square Enix decidiu redistribuir melhor a sua força produtiva, organizando de uma forma que funcione de uma maneira mais eficiente.

A restruturação terminou em abril e ficou desta maneira:

  • Creative Business Unit I, liderada por Yoshinori Kitase
  • Creative Business Unit II, liderada por Yu Miyake
  • Creative Business Unit III, liderada por Naoki Yoshida
  • Creative Business Unit IV, liderada por Hirokazu Nishikado

A Creative Business Unit I de Kitase assumiu a maioria das divisões importantes da empresa e está responsável por Final Fantasy VII Remake, além da série Kingdom Hearts. As equipes responsáveis pelos Remasters e os spin-offs da série como World of Final Fantasy, Theatrhythm e Dissidia foram incorporadas nessa divisão. Além disso eles também são responsáveis pela séries SaGa e Front Mission.

– Inicialmente o principal projeto da Division I deverá ser Final Fantasy VII Remake e finalizar os extras de Kingdom Hearts 3.

A Creative Business Unit II de Yu Miyake é a que ficou responsável pela segunda franquia mais importante da empresa, a série Dragon Quest. Além disso essa equipe também está responsável por Babylon’s Fall que está sendo desenvolvido em parceira com a Platinum Games.

Na sua Business Unit também foram incorporadas os responsáveis por Nier Automata então qualquer outro projeto referente a essa franquia deve seguir sob sua supervisão. As séries Bravely e Octopath Traveler também devem seguir aqui trazendo o foco no Nintendo Switch para esta divisão.

– Atualmente a Division 2 terá foco no Switch com Dragon Quest XI S mas também está responsável pelo misterioso Babylon’s Fall para PS4.

A Creative Business Unit III está sendo liderada por Naoki Yoshida, e é basicamente a sua antiga Business Division 5 com outro nome. Eles continuam responsáveis pelos MMORPG’s da empresa, Final Fantasy XI e Final Fantasy XIV, além de terem desenvolvido Dragon Quest Builders 2. Entretanto, recentemente foi revelado que eles estão responsáveis por um projeto de larga escala para a próxima geração!

– Naoki Yoshida atraiu grande atenção dos fãs pelo excelente trabalho em Final Fantasy XIV: A Realm Reborn e passou a ser o mais cotado para Final Fantasy XVI.

Considerando que a Business Division I estará sobrecarregada Final Fantasy VII Remake e Kingdom Hearts 3 (que ainda terá conteúdo adicional em produção), é possível imaginar que se Final Fantasy XVI está em produção, ele está sendo sendo feito por esta equipe. Isso seria uma coisa que agradaria uma boa parcela dos fãs, que gostariam de ver Yoshida a frente de um novo Final Fantasy, após o sucesso do diretor no “reboot” de Final Fantasy XIV, A Realm Reborn – que salvou o jogo depois do fiasco do seu lançamento original em 2010.

– Será que podemos esperar um Final Fantasy XVI com temática de fantasia medieval pelas mãos de Yoshida e a Divisão 3?

Por fim, a Creative Business Unit IV é liderada por Hirokazu Nishikado e é composta pelas divisões que eram responsáveis pelos jogos Mobile e Sociais da empresa. Ele ficará a frente de jogos como Final Fantasy Brave Exvius, SINoAlice, School Girl Strikers, Valkyrie Anatomia e outros. Além disso a divisão também ficará responsável pela série Mana.

– Os lucrativos e controversos jogos mobile – como Final Fantasy Brave Exvius, estarão baseados na Divisão 4

Com a nova organização a Square Enix espera conseguir entregar os seus projetos com um melhor ritmo e apelo para os fãs, mas agora temos que aguardar alguns anos para ver se essa restruturação vai dar resultados ou não.

Por fim, vale lembrar que essa restruturação não afeta os projetos realizados pelos estúdios ocidentais da empresa como Tomb Raider, Just Cause e Deus EX.